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Mostrando postagens de novembro, 2016

Um pesadelo aleatório.

O entardecer estava pálido. Acordei em uma avenida desconhecida. A temperatura do asfalto fazia meu rosto arder. Meus cabelos, desgrenhadamente amarrados, indicavam cansaço. Levantei com dificuldade, revelando ferimentos rasos nas costas e nas pernas. Olhei em volta em busca de ajuda. Não havia ninguém. A cidade parecia uma grande metrópole, mas não havia uma alma sequer - nem a minha. Comecei a andar sem rumo pela avenida vazia com uma esperança vaga de não estar sozinha. As feridas sangravam e eu me esforçava para ignorar a dor. Andei por algum tempo. Quanto tempo? Não sei. Pareceram horas, mas podem ter sido apenas alguns minutos. No meio da caminhada monótona de tempo indeterminado, uma figura distante se destacou em meu campo de visão. De súbito tornei-me pura esperança. Empenhei toda a força que me restava para correr em direção à figura humanoide. Mil perguntas gritavam no meu subconsciente. Para onde foram todas as pessoas? O que aconteceu comigo? Que lugar era aquel...