há um vazio ingrato emanando em silêncio todos o reconhecem mas sua origem é um mistério o vazio é nauseante de tão doce parece pertencer a alguém que há muito se dilacera ou é vestígio de algo que se desfez com o tempo sendo a curiosidade meu motor, segui-o e por muitos passos o ambiente se forjou estável foi construído de forma a aparentar ser oco foi construído de forma a instigar a desistência havia algum tesouro lá com urgência de ser encontrado mas com medo então andei andei o que pareceu ser três mundos inteiros foi quando praticamente vencido pelo cansaço se revelou a mim uma silhueta feminina desgrenhada trêmula e com grandes olhos tão doce que quis vomitar questionei-a me diga, anã negra, é você a dona de toda essa solidão? encarou-me os olhos brilhavam mais do que qualquer pedra preciosa eram a única imagem viva do lugar e em um último e longo suspiro eles se fech...